Agora é oficial. A partir de 8 de julho todos os brasileiros precisarão deixar o farol baixo ligado quando andarem nas rodovias e túneis do país, mesmo durante o dia. A lei 13.290/2016 prevê multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira de quem descumprir a orientação. A razão é nobre: as luzes ajudam o motorista a enxergar até três quilômetros à frente, além de facilitar a identificação dos carros em movimento. Confira as respostas para as principais dúvidas da nova lei.
DRL também vale
Apesar de não estar especificada na lei, a luz diurna (ou DRL) também será aceita para o cumprimento da lei, segundo o Ministério das Cidades, uma vez que são regulamentadas como “faróis de rodagem diurna”. No Brasil, alguns carros já são fabricados com o sistema, como o Peugeot 208, o Citroën C3, o Volkswagen Jetta e o Fiat 500.
Sem gasto extra
Não se preocupe, o uso mais frequente do farol baixo não vai secar a bateria do seu carro, nem gastar deixá-lo sem combustível. “Esse aumento é mínimo, e as próprias normas da ONU indicam que as luzes diurnas ou o consumo de LED é significativamente menor”, aponta Alejandro Furas, secretário geral da Latin NCAP.
Abaixa essa luz!
Fique atento com o uso da luz de neblina (ou farol de milha) na cidade. A intensidade dela é mais forte tanto nas lanternas quanto na luz de freio, justamente para ficar mais fácil de ver e ser visto em situações de visibilidade baixa. Ao usar na cidade e sem neblina, você acaba incomodando os motoristas à frente e atrás.
Altura correta
Com o passar do tempo (e dos buracos, das lombadas…) o farol pode desalinhar. O ideal é regular as luzes a cada seis meses ou 15 mil km. O procedimento simples é feito por meio de um parafuso posicionado na própria lanterna (consulte o manual do carro para saber mais). Mas se você achar que é difícil, peça auxílio em oficinas especializadas, onde o custo gira em torno de R$ 20.
A diferença entre DRL e farol baixo
O farol diurno de rodagem acende automaticamente quando o carro é ligado, o que ajuda os esquecidos. Sua itensidade é maior e torna mais fácil perceber o movimento de um carro à distância. Ainda assim, sua luminosidade mais difusa evita ofuscar motoristas no sentido oposto.
Porque a lei foi criada
De acordo com o relator do projeto, senador José Medeiros (PSD-MT) - que foi policial rodoviário durante 20 anos - o objetivo é aumentar a segurança nas estradas. Para ele, o uso obrigatório do farol deverá contribuir para a redução de acidentes frontais nas rodovias e salvar inúmeras vidas. Além disso, o carro fica mais visível, para os pedestres, quando trafega com os faróis baixos, ao invés de apenas com a laterna (é proibido atravessar fora de passarelas ou faixas de pedestres em rodovias, mas...)
Isso é invenção de brasileiro?
Não. Dados da NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), uma associação norte-americana de segurança viária, mostram que a medida já reduziu em 5% a colisão entre carros e em 12% entre pedestres e ciclistas, nos Estados Unidos. Já na Europa, a regulação prevê a obrigatoriedade do DRL desde 2011. Como muitas colisões são fruto de falha na percepção do outro veículo, o dispositivo foi instalado nos carros da GM, nos Estados Unidos, desde 1995. Logo depois, um estudo feito pela multinacional concluiu que os clientes evitaram mais de 25 mil colisões após a inclusão do drl.
FONTE: AUTOESPORTE.COM.BR