Você já parou para pensar qual é o tipo de diesel que você utiliza em seu carro? Bom, se você não sabe, é importante tomar conhecimento que existem, pelo menos, dois tipos de diesel comercializados nos postos: o S10 e o S500. O S500 indica que o diesel tem 500 miligramas de enxofre por quilograma de combustível.
Por sua vez, o S10 contém apenas 10 miligramas de enxofre na mesma quantidade de amostra. Mas, como identificar o tipo de diesel na hora abastecimento? Esta resposta até que é simples, basta olhar a cor: o S500 tem coloração avermelhada; já o S10 tem um tom de amarelado para incolor.
Qual devo utilizar?
De acordo com dados divulgados pela ANP, se você tem um veículo fabricado até 1º de janeiro de 2012, você pode utilizar um diesel S500 sem se preocupar, pois a tecnologia empregada na fabricação do sistema de alimentação do seu carro comporta este combustível.
No entanto, todos os modelos fabricados após este período devem utilizar o S10.
Mas, isso não impede de que veículos fabricados até 1º de janeiro de 2012 possam utilizar o diesel S10. Muito pelo contrário, isso traz uma série de benefícios, como:
– melhoria na partida à frio, devido ao índice de cetano de 48, contra os 42 do S500;
– redução da emissão de fumaça branca;
– redução na formação de depósitos na câmara de combustão.
Com um diesel mais puro, diminui-se a incidência de impurezas e falhas no sistema de alimentação de combustível, além de possibilitar a redução das emissões de material particulado em até 80% e de óxidos de nitrogênio em até 98%.
É aí, no ponto que trabalhamos a emissão de material particulado que entra um personagem muito importante nos veículos à diesel modernos, o filtro de partículas diesel, ou DPF.
O que é e como funciona?
O filtro de partículas diesel pode ser identificado também DPF ou FAP, e tem a missão de atuar como “purificador” no sistema de escapamento do veículo, reduzindo ao máximo a emissão de fuligem dos gases de escape de um motor diesel.
Para entender melhor, no DPF (como costuma ser conhecido comercialmente), a fuligem passa por porosidades de aberturas variadas dentro do filtro, geralmente fabricado em cerâmica (ou material metálico) e acabam ficando presas. Essa fuligem acumulada no filtro de particulado (DPF) é então regenerada passivamente, quando os gases de escape atingem a temperatura mínima de sublimação; ou ativamente, onde pode ocorrer a injeção secundária de combustível até que os gases atinjam temperatura de sublimação da fuligem. Assim, o filtro consegue eliminar até 85% da fuligem expelida pelo sistema de escapamento.
Manutenção
Como todo filtro que retém impurezas, o DPF precisa de cuidados. Algumas fabricantes recomendam a troca do componente em períodos entre 80.000 km e 200.000 km, ou quando detectado que o filtro não consiga mais se regenerar por qualquer motivo.
Trafegar em trechos urbanos com trânsito pesado, ou usar o veículo poucas vezes e em trajetos curtos, faz com que o filtro não atinja a sua temperatura ideal para regenerar as partículas presas nele, fazendo o carro perder rendimento e elevando o consumo de combustível.
Outros fatores que levam o DPF a falhar é a utilização de um combustível com alto teor de enxofre (S500), utilização de lubrifi cante fora da especificação recomendada pelo fabricante e até alterações nas programações originais das centrais de injeção eletrônica, tornando o carro mais potente e, consequentemente, interferindo no funcionamento original dos componentes de controle de emissões.
Fonte: https://revistacarro.com.br/noticias/entupiu-o-filtro-dpf-e-bom-conferir-o-diesel/