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Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de papel está com os dias contados. A partir de 2019, o documento será emitido em formato de cartão de plástico com microchip. Segundo as informações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o novo modelo da CNH será semelhante a um cartão de crédito convencional.

De acordo com o órgão, a proposta é que no futuro a nova CNH possa ser utilizada para outras finalidades. O condutor poderá usá-la, por exemplo, para pagar as tarifas do pedágio, metrô ou ônibus. O controle de acesso a prédios públicos, universidade e estacionamento também poderá ser feito por meio do cartão inteligente

Outra possibilidade futura é de usar o documento como identificação biométrica. O Contran explica que as digitais estariam carregadas dentro do chip e seriam utilizadas para validar a identidade em bancos e serviços públicos.

Quando a CNH inteligente será aplicada?

Os departamentos de trânsito dos estados e do Distrito Federal têm até 1º de janeiro  de 2019 para se adequar ao novo modelo da CNH. O ministro das cidades, Alexandre Baldy, explica que o cartão inteligente reduzirá a probabilidade de ocorrência de fraudes e aumentará a durabilidade do documento.

A partir de 2019, as Carteiras de Motoristas já poderão ser emitidas no novo formato. Os condutores que já são habilitados farão a troca da CNH no momento da renovação. O órgão afirma que os valores de emissão do documento são de competência dos Detrans dos Estados e do Distrito Federal.  

Outras mudanças

Desde o começo do ano, o Contran vem anunciando diversas modificações na Carteira de Habilitação. Em janeiro, o documento ganhou novas cores e itens de segurança Outra novidade foi a inserção de um código QR impresso no verso da CNHA  tecnologia permite que os dados biográficos e foto dos motoristas sejam acessados pela leitura do QR, que pode ser feita mesmo sem conexão com a internet

Além disso, a partir de fevereiro de 2018, a CNH terá uma opção digital, em que os motoristas se identificarão por meio de um aplicativo. Segundo o Contran, essa versão não irá substituir o documento físico, o condutor poderá optar pela versão eletrônica ou física ou por ambas.

FONTE: https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2017/12/cnh-com-chip-sera-implantada-ate-2019.html

consumo de combustível sempre foi uma das principais preocupações dos motoristas em relação aos seus carros, ainda mais em tempos bicudos - esta é, invariavelmente, uma das informações mais requisitadas pelos nossos leitores sobre as novidades que chegam ao mercado. Mas, além das características próprias de cada marca/modelo/versão, existem outros fatores que entram nessa conta do consumo de combustível. Quem nunca ficou de queixo caído ao saber que um parente, amigo ou conhecido, dono de um modelo igualzinho ao seu, consegue uma média de consumo bem melhor ou pior que a sua?

Para entender essa questão, procuramos o engenheiro Francisco Satkunas, conselheiro da SAE BRASIL - Sociedade de Engenheiros da Mobilidade, que listou os principais fatores que influem no consumo de combustível de um veículo.

 

 

Calibragem errada dos pneus
Eles são o único ponto de contato do veículo com o solo. Os pneus, portanto, tem um papel crucial em qualquer questão de consumo de combustível - mais especificamente, devido à sua resistência ao rolamento. E é exatamente por isso que os chamados “pneus verdes” estão se popularizando cada vez, uma vez que eles ajudam a reduzir o consumo de combustível por terem uma baixa resistência ao rolamento.

No dia a dia, o motorista deve ficar atento à calibragem dos pneus com a pressão recomendada pelo fabricante, que deve ser feita pelo menos a cada 15 dias - ou semanalmente, se você roda por vias em mau estado de conservação, cheias de buracos e irregularidades. “Pneus com pressão 10% abaixo do recomendado pelo fabricante podem, dependendo de características do veículo, em um aumento no consumo de combustível entre 6% e 10%, pois aumenta a sua resistência ao rolamento”, alerta Satkunas.

 

 

Carro cheio

Se você vai viajar com o carro cheio de passageiros e de bagagem, é essencial calibrar os pneus para esta situação. Todos os modelos possuem uma pressão recomendada para quando o veículo está carregado - informação que consta no manual do proprietário e, na maioria dos modelos, em uma etiqueta localizada na porta do motorista, coluna central ou na portinhola de abastecimento. A calibragem correta, além de economizar combustível, também contribui para prolongar a vida útil dos próprios pneus.

 

 

Rodas desalinhadas

Além disso, o desalinhamento das rodas também provoca maior resistência ao rolamento dos pneus - e, por consequência, aumento no consumo de combustível. Por isso, o alinhamento deve ser feito a cada 10 mil quilômetros - ou sempre que você pegar algum buraco de forma mais brusca. Fique atento, também, a esses sintomas: pneu “cantando” em curvas de baixa velocidade e desgaste excessivo nos ombros do composto são os sinais mais claros de que as rodas precisam ser alinhadas.

 

 

Filtros de ar 

Além dos pneus, alguns itens de manutenção tem relação direta com o consumo e estão entre os primeiros suspeitos quando o consumo de combustível de um carro aumenta com a mesma rotina (mesmo motorista, percurso e horários). O primeiro item é o filtro de ar, que pode estar sujo e precisa ser substituído. “Nessa situação, o fluxo de ar fica reduzido e a central eletrônica faz a compensação injetando mais combustível”, explica Satkunas. “O aumento no consumo pode chegar a até 8%.”

Por isso, siga a quilometragem indicada pelo fabricante para a substituição do filtro de ar. Se a utilização for em condições severas - como uso diário em estradas de terra ou em congestionamentos com grande concentração de poluição - essa quilometragem deve ser reduzida pela metade (Satkunas explica que a fuligem da poluição tem efeito similar ao das partículas de terra). Em situações muito extremas, é recomendável levar o carro até uma concessionária ou mecânico de confiança para checagem do filtro.

 

 

Velas sujas e defeitos nas bobinas

Outros problemas que afetam diretamente o consumo de combustível são velas sujas, defeitos nos cabos de vela ou nas bobinas. Esses problemas podem ser identificados com relativa facilidade, pois provocam redução de potência e falhas na aceleração.

 

 

Ar-condicionado
Os departamentos de engenharia das marcas trabalham exaustivamente em cima da aerodinâmica dos seus modelos, sempre em busca de pequenos detalhes no design da carroceria que permitam ao veículo cortar o ar de forma mais eficiente. Já no dia a dia, a principal influência do motorista nesse ponto é a abertura das janelas - de onde nasce a dúvida: é mais econômico rodar com o ar-condicionado ligado ou com com as janelas abertas? A recomendação de Satkunas é de sempre fechar as janelas e usar o ar-condicionado ao rodar acima de 40 km/h. “A partir dessa velocidade, o consumo começa a aumentar em torno de 2% a 3%, acima do que se perde com o ar ligado”.

No entanto, Satkunas faz algumas ressalvas. “No meio da cidade, mesmo rodando devagar, muitas vezes não é seguro abrir as janelas”, diz. “Por outro lado, muitas vezes a temperatura ambiente já caiu, mas o motorista esquece de desligar o ar-condicionado”. Então, fique atento e desligue o sistema de climatização sempre que possível. Vale lembrar que alterar a temperatura ou diminuir a velocidade da ventilação não alteram o consumo, uma vez que o compressor continua funcionando da mesma maneira.

Por fim, é possível economizar um pouco de combustível desligando o ar-condicionado um pouco antes de se chegar ao destino. Isso também pode ajudar a sua saúde, já que a prática seca os dutos e o filtro da cabine, reduzindo a ocorrência de fungos no sistema - o que causa aquele mau-cheiro característico.

 

 

Excesso de peso
Não é por acaso que todas as fabricantes de veículos trabalham intensamente para reduzir o peso dos seus carros. Em todos os grandes mercados mundiais, as empresas precisam atender à metas de redução de consumo de combustível que estão cada vez mais rígidas. “Quanto maior a massa a ser deslocada, maior o consumo de combustível”, resume Satkunas. Mas o motorista também precisa fazer a sua parte: não utilize o porta-malas do veículo como um guarda-volumes, transportando itens desnecessários.

Além disso, Satkunas também dá uma dica para motoristas que rodam pouco diariamente e enchem o tanque a cada duas semanas ou mesmo em um mês. “Ao encher o tanque e demorar tanto para consumir o combustível, do ponto de vista da engenharia, o motorista está carregando um peso morto durante a maior parte dessa quilometragem”, explica. Nesse caso, ao invés de encher o tanque, o motorista pode abastecer meio tanque ao invés de completar, aumentando o número de visitas ao posto.

 

 

Combustível adulterado
A adulteração de combustível é um grave problema no Brasil e que pode provocar graves danos no motor - ou, na hipótese menos grave, aumentar o consumo de combustível do veículo. Dependendo do tipo de adulteração, o motorista pode nem sentir mudanças na tocada do carro e só vai perceber algum problema ao checar a média de consumo no computador de bordo ou quando encostar novamente na bomba de combustível.

“Os sistemas de injeção eletrônica conseguem se adequar às condições do combustível que está sendo utilizado. Na época do carburador, qualquer adulteração tinha um efeito quase que imediato”, explica o conselheiro da SAE.

 

 

Pé pesado

A atuação do motorista na condução do veículo é outro fator que tem uma grande influência no consumo. É por isso que muitas vezes, com um mesmo carro (ou seja, sem estar sujeito a diferenças no estado geral ou na manutenção), diferentes pessoas da família obtém médias bem distintas. Falando de forma geral, o motorista que conduz o veículo de forma mais suave, com acelerações e frenagens progressivas, gasta menos combustível - e quem tem a tocada baseada em acelerações e frenagens vigorosas, gasta mais.

 

FONTE; https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2018/03/o-que-pode-fazer-seu-carro-gastar-mais-combustivel-do-que-deveria.html

Lembra dos ícones Volkswagen Gol 1.8 GTS, 2.0 GTi, Volkswagen Santana 2.0 GLS e Chevrolet Opala Diplomata 4.1S, todos fabricados entre os anos 80 e 90? Além dos ótimos desempenhos,traziam em comum longos capôs com uma função fundamental: esconder os enormes motores longitudinais. Mas aquelas pérolas bebiam demais, poluíam demais e aos poucos foram sendo atualizadas ou descontinuadas. O Gol é um bom exemplo. O hatch abandonou os longitudinais em 2008 para adotar os motores transversais.

“Os capôs antigos eram compridos para favorecerem o estilo da época. Hoje, ao contrário, isso não é mais vantagem. Frentes com motores transversais dão mais liberdade aos estilistas e permitem melhor redistribuição e diminuição de peso do veiculo, fator importante na relação peso/potência”, revela o engenheiro e diretor adjunto da AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Nilton Monteiro.

 

Motor longitudinal

O motor longitudinal fica posicionado em paralelo ao comprimento do carro. Os cilindros estão dispostos em uma linha, do início ao fim do bloco do motor. O estilo é mais comum em veículos de tração traseira ou tração 4X4, mas carrões de alto desempenho podem ter um longitudinal traseiro ou central, dependendo do caso. Na configuração mais comum, com o motor na frente e tração traseira, o motor é encaixado na linha central do carro, com o câmbio logo atrás (entre os bancos dianteiros) e um eixo de transmissão que vai até o eixo de traseiro.

 

Motor transversal

O motor transversão é montado perpendicularmente ao comprimento do carro, ou seja, atravessado. Os cilindros do motor ficam dispostos da esquerda para a direita. É mais utilizado em carros com motores dianteiros e com tração dianteira, mas pode ser montado no meio de carros com tração traseira, em casos mais raros. A configuração mais encontrada é aquela com motor dianteiro montado em carros de tração dianteira. Neste caso, o motor é montado entre as rodas dianteiras com o câmbio encaixado em uma de suas extremidades.

 

Vantagens e desvantagens

“Não é possível definir o que é um layout padrão de “package” (trem de força). Só dá para saber o que está sendo mais usado no momento e em determinada localização geográfica. No Brasil, o Fusca já foi carro popular quando tinha motor boxer e tração traseira. Hoje, o padrão é o motor quatro (ou três) cilindros em linha com tração dianteira e amanhã será o carro elétrico”, conta o designer e coordenador do IED, Istituto Europeo di Design, Fernando Morita.

 

Além de oferecer mais espaço na cabine, o motor atravessado na dianteira tem o virabrequim diretamente alinhado, e conectado, às rodas, enquanto o câmbio acopla em uma das extremidades. O motor longitudinal, por sua vez, precisa de engrenagens em 90° para chegar até as rodas (pode haver pequena perda de energia, ou força, com esse sistema). “A concepção longitudinal é antiga e prejudica a estabilidade do veículo. Como desvantagem, há redução da distância entre-eixos e consequente perda de espaço interno”, diz Nilton Monteiro.

 

Efeitos na aparência

Apesar de os compactos nacionais terem adotado o layout com motor transversal, os carros maiores e mais luxuosos continuam abrigando motores longitudinais. Lembrando que um propulsor longitudinal pode ter uma disposição de cilindros em “linha”, em “V” ou, menos comum, em “W”. Então, a posição do motor pode alterar o visual de um carro? “O motor sozinho não faz diferença. O que muda é o planejamento do trem de força como um todo, e o pacote. O Audi A4 e Volkswagen Jetta, por exemplo, trazem propulsores quatro cilindros em linha com tração dianteira, mas só no A4 o motor é longitudinal, pois é preparado para receber motores muito maiores e tração nas quatro rodas, na versão esportiva. O Jetta, por sua vez, tem um projeto mais barato e utiliza motor transversal”, afirma o coordenador do IED.

 

Em design automotivo, quanto maior o capô de um sedã e quanto maior a sua distância entre a roda dianteira e a coluna A, mais ele se parecerá com um modelo mais caro e mais refinado. Por outro lado, ao contrário do que muitos imaginam, desenhar carros com motores transversais não é sinônimo de trabalho facilitado. “A liberdade de criação de um designer não muda de acordo com o tipo do motor. O que muda é o quanto a empresa valoriza ou não o design. A mentalidade da marca é mais importante do que o layout de um carro. Uma empresa alemã sempre vai ter um pensamento mais racional que uma empresa italiana”, conclui Fernando Morita.

 

História

Existem registros de carros com motores transversais datando do começo da década de 1910, mas a notoriedade desses propulsores começaria na década de 1930, quando DKW e Saab começariam a adotar esse tipo de trem de força. Em 1959, a British Motor Corporation lançou o Mini Cooper que trazia um motor transversal garantindo bom desempenho e espaço interno ao inglês. Como resultado, o pequenino virou uma alternativa de carro para as famílias. Em solo brasileiro, o primeiro automóvel a adotar essa tecnologia foi o Fiat 147, em 1976.

 

Fonte: https://revistaautoesporte.globo.com/Servico/noticia/2017/11/motor-longitudinal-ou-transversal-entenda-diferencas.html

Gasolina comum, etanol aditivado, GNV, diesel S-10... São tantos nomes, tipos e preços que fica difícil saber para que serve cada combustível que você encontra no posto. Para evitar que você compre gato por lebre, preparamos um guia com informações dos principais combustíveis comercializados. Veja qual o mais indicado para o seu carro!

Gasolina comum

Derivado do petróleo, é o principal combustível de veículos de passeio no Brasil. Tem percentual obrigatório de 27% de etanol anidro em sua composição. Sua octanagem mínima é de 87 IAD (índice antidetonante) e seu teor máximo de enxofre é 50 ppm (partes por milhão). Além de lançar na atmosfera gases que prejudicam o meio ambiente, a queima da gasolina deixa resíduos nas válvulas de

admissão do motor, o que pode pedir o uso periódito de gasolina aditivada (leia abaixo). Essa sujeira compromete o funcionamento do veículo e pode resultar em aumento de consumo. Conforme disposto no artigo 14 da Resolução ANP nº 40/2013, a partir de 1º de julho de 2017 a gasolina comum deverá conter detergentes dispersantes. Por enquanto, segue sendo vendida sem aditivos com coloração natural, de incolor a amarelada.

Gasolina aditivada

Trata-se da gasolina comum com detergentes dispersantes que promovem a limpeza e aditivos que ajudam a melhorar a lubrificação dos componentes e o desempenho do motor. Pode ser usada sempre ou periodicamente. “Como a queima da gasolina gera depósitos de resíduos, é interessante abastecer com aditivada a cada três ou quatro tanques. Ela promove uma limpeza no motor que acaba gerando economia de combustível e deixa o carro menos poluente”, diz o engenheiro Henrique Pereira, membro da Comissão Técnica de Motores Ciclo Otto da SAE Brasil. Por receber corantes para diferenciação visual, a gasolina aditivada geralmente apresenta coloração esverdeada.

 

FONTE:https://revistaautoesporte.globo.com/Servico/noticia/2016/09/conheca-os-diferentes-tipos-de-combustiveis-que-existem-nos-postos.html

Não importa a estação: nunca se sabe quando vamos encarar uma enchente, realidade que vale para o país inteiro. Por isso, Autoesporte traz algumas dicas para você ter sempre em mente o que fazer quando se deparar com uma situação destas.

O conselho unânime entre os especialistas em reparação de veículos e basicamente todos os profissionais do setor automotivo é simples: se seu caminho correr risco de alagamento, não use o carro. Pedro Scopino, vice-presidente de capacitação técnica do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa) é taxativo ao alertar que “se a água passar da metade do pneu é melhor esquecer a chance de atravessar um trecho alagado”. “O risco de ocorrer um calço hidráulico (entrada de água nas câmaras de combustão do motor) é grande e ainda tem a chance de o motorista não ver algum buraco na via”, completa.

Contudo, nem sempre temos alternativas de transporte e há a possibilidade de sermos pegos de surpresa por alguma chuva torrencial. Nestes casos, o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) traz alguns procedimentos que você pode adotar para evitar ou ao menos minimizar os danos ao fazer a travessia de uma lâmina d’água, cuja altura não ultrapassa o centro da roda.

A primeira tarefa é manter o giro do motor estável, preferencialmente em 2.500 rpm, dirigindo em baixa velocidade em primeira marcha. Isso diminui a variação do nível de água e seu respingar no motor, dificultando a admissão indevida de água, que pode danificar componentes vitais para o carro. Para quem tem carros automáticos, a dica é deixar o câmbio na posição “1” ou “L”, caso não haja opções de trocas manuais, pois assim a central vai manter a marcha constante.

Desligar o ar-condicionado também previne que o sistema sugue água na tomada de ar do motor, o que poderia provocar o calço hidráulico afetando pistões, bielas e virabrequim. Se por ventura o veículo “morrer”, jamais tente forçar sua partida. Isto poderia agravar ainda mais os danos que causaram a parada abrupta do propulsor.

Por outro lado, se você conseguir ultrapassar o trecho alagado, corra para a sua oficina de confiança e faça um check-up geral do carro. Mesmo que veículo esteja aparentemente normal, Scopino lembra que “a água pode ter atingido partes do freio ou itens elétricos, como chicotes do câmbio e do ABS, ou pode ter entrado no filtro de ar do motor”, o que pode provocar problemas futuros. O Cesvi também recomenda uma limpeza do sistema de ventilação, sujeito à contaminação por fungos e bactérias em travessias de alagamentos.

Carros na enchente

Além das dicas de como dirigir sobre lâminas d’água, o centro de segurança viária avalia o nível de vulnerabilidade de diversos modelos do mercado em alagamentos para elaborar o Índice Danos de Enchente. Segundo Alessandro Rubio, coordenador técnico do Cesvi, o objetivo “não é estabelecer um ranking entre melhor ou pior para atravessar uma enchente, mas comparar modelos da mesma categoria”, a fim de proporcionar uma informação a mais para o consumidor que enfrenta este tipo de situação.

A metodologia analisa treze itens do motor e componentes elétricos que possam causar a parada do carro num trecho alagado, englobando desde altura do duto de escape do cabeçote, taxa de compressão do motor até a proteção e posição do alternador e centrais elétricas. A classificação é feita por estrelas, de zero a cinco, e quanto maior a quantidade, menor o risco de o carro sofrer uma parada ao atravessar um trecho alagado.

Atualmente, o banco de dados do Cesvi conta com 25 carros avaliados, entre modelos e versões, considerando apenas os modelos novos que ainda estão à venda. O centro avalia diferentes versões do mesmo modelo, pois a mudança de propulsor influencia na nota, bem como uma possível distribuição diferente dos elementos no cofre do motor.

O mais bem avaliado é o Renault Fluence, único com cinco entrelas, enquanto a menor nota é compartilhada por Chevrolet Onix 1.4 LT e LTZ e Volkswagen Fox 1.0. O critério de escolha dos carros avaliados pelo Cesvi segue a demanda das próprias montadoras ou seguradoras para atualizar o banco de dados do centro.

FONTE: https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2017/05/enchente-nao-tem-hora-mas-pode-ter-solucao.html

Você está no meio do trânsito, começa uma baita chuva e, para piorar... vem granizo! Se o seu carro ficou todo amassado por conta das pedrinhas de gelo, o conhecido martelinho de ouro pode ser a solução. É uma técnica de funilaria muito utilizada para consertar a lataria dos veículos e indicada por ser rápida e pouco agressiva.

"O modo como será feito o reparo varia em cada situação", explica Wilson Zimmermann, proprietário da escola de martelinho de ouro SP Center Car. "Caso haja quatro amassados no teto, por exemplo, o profissional desguarnece a parte interna da tapeçaria e, através dali, introduz a ferramenta, desamassando os buracos. Em algumas situações, é necessário tirar todo o teto fora para conseguir trabalhar”.

O preço para reparar os danos depende da marca do automóvel e do tamanho do estrago, mas em geral, os orçamentos variam entre R$ 1.500 a R$ 2.800. Quando a pintura do carro é danificada, o proprietário deve se preparar para desembolsar de R$ 4.500 a R$ 18.000, dependendo do veículo.

Zimmermann conta que “é comum ter que repintar o carro, mas isso depende do estrago.Quando a pintura está intacta, só o martelinho resolve, mas ele é apenas um ‘desamassador’ de lataria. Na pior das hipóteses, é preciso fazer uma pintura geral”.

A boa notícia é que a maioria das seguradoras, como a Mapfre e a Porto Seguro, cobrem o conserto dos danos causados pelo granizo, desde que o custo do reparo atinja o valor da franquia contratada em apólice.

Zimmermann alerta os proprietários dos veículos que sofreram com as chuvas de granizo a não deixar o conserto para depois: "se houver trinco na pintura, o local pode absorver água, enferrujar e danificar a lataria".

Durante a chuva

O mais recomendado ao se deparar com uma chuva de granizo é procurar um lugar seguro para parar o carro, como um posto de gasolina, por exemplo. Segundo o engenheiro Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil, não é recomendado parar embaixo de árvores ou acostamentos. Caso não seja possível parar, o motorista deve ligar os faróis e diminuir a velocidade, sem ultrapassar os 40 km/h.

“É perigoso porque, se a estrada estiver coberta de granizo, as pedras de gelo criam o chamado ‘efeito bola de gude’, como se o automóvel estivesse passando por cima de uma pista forrada delas, com alto perigo de derrapagem”, alerta o engenheiro.

Ainda segundo Satkunas, não existe risco de ocorrer choque térmico com o carro. “Os carros têm para-brisa laminado, é muito difícil uma pedra de granizo estourar o vidro”. E mesmo após a chuva, é importante continuar trafegando com cuidado, pois a estrada ainda pode estar coberta pelo gelo.

Fuja do granizo

Para tentar fugir dessas situações desagradáveis, existem atualmente alguns recursos disponíveis. O Google, por exemplo, disponibiliza o aplicativo “Granizo alertas”, que envia uma mensagem caso esteja previsto chuva do tipo para qualquer região do país. É possível também se manter atualizado em sites meteorológicos, como o CPTECClimatempo, ou no centro virtual para avisos de eventos meteorológicos.

Fonte: https://revistaautoesporte.globo.com/Servico/noticia/2017/02/cuidados-com-o-carro-na-chuva-de-granizo.html

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